PESQUISA "DIA DAS CRIANÇAS"
Mais de 45% do varejo mineiro deve se beneficiar com o Dia das Crianças
De acordo com a Fecomércio MG, 85,7% dos empresários acreditam em resultados melhores ou iguais em comparação ao ano de 2020; os gastos não devem ultrapassar R$ 200
Há poucas semanas para o Dia das Crianças, o comércio varejista de Minas Gerais já se prepara para o período de vendas. A reabertura do comércio, o avanço da vacinação e a queda nos índices de transmissão de Covid-19 trazem esperança de vendas melhores ou iguais ao ano passado para 85,7% empresários mineiros. É o que mostra a pesquisa “Expectativas do Comércio Varejista – Dia das Crianças 2021”, realizada pela área de Estudos Econômicos da Fecomércio MG.
Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Itajubá-SINDCOMÉRCIO, Sebastião Amarante dos Santos, a data estimula o comércio e garante bons resultados para os empresários. “Datas comemorativas, como o Dia das Crianças, são estratégicas para o varejo por atrair novos clientes e impulsionar as vendas. Por isso, é importante que o empresário aposte em novos produtos, organize seus estoques e um atendimento diferenciado para conquistar bons resultados e se preparar as vendas de Natal,” explica Amarante.
A economista da Federação, Gabriela Martins, destaca que, em relação ao ano passado, os empresários estão mais esperançosos. “Em 2020, o cenário incluía medidas restritivas de funcionamento ao comércio e a incerteza sobre o começo da vacinação. Apesar da mudança neste ano, o consumidor continua cauteloso devido às incertezas provocadas pelo desemprego, o achatamento da renda familiar e a alta da inflação, o que compromete o poder de compra das famílias.”
Segundo a pesquisa, em 2021, 45,4% das empresas devem ser beneficiadas pelo período, que coincide com o lançamento de produtos a serem comercializados no Natal. Entre os principais motivos apontados pelos empresários para registrar vendas melhores neste Dia das Crianças estão: valor afetivo da data (43,8%); abrandamento da pandemia (25,8%); otimismo/expectativa (21,1%); vacinação (14,1%) e aquecimento do comércio (10,9%).
No entanto, 14,2% dos empresários acreditam que as vendas serão piores devido à crise econômica (46,25); à pandemia (42,3%); ao desemprego (26,9%); à queda no comércio (19,2%)
e ao endividamento do consumidor (11,5%). Só em Belo Horizonte, esse último item atingiu o maior patamar dos últimos dois anos, alcançando 87,5% da população em setembro.
Diante disso, o comércio pretende investir em diversas ações para alavancar as vendas. Entre as medidas a serem adotadas estão propaganda (45,4%), seguida por promoções e liquidações (34,4%); diversidade do mix de produtos (12,6%) e atendimento diferenciado (7,1%). “Ao adotá-las, é preciso que o empresário se planeje e tenha atenção na formação de preços e descontos, garantindo o capital de giro necessário à sustentabilidade do negócio”, pondera Gabriela.
Entre os segmentos econômicos mais beneficiados pela data se destacam: livros, jornais, revistas e papelaria (80%); tecidos, vestuário e calçados (60,3%); joias, ótica, artigos recreativos e esportivos e eletrônicos (50%); produtos alimentícios, bebidas e fumo (45,7%) além produtos farmacêuticos e perfumaria (32,6%).
De acordo com a pesquisa, 81,4% do varejo está preparado para as vendas no período. Já em relação às expectativas para o momento da compra, 85,8% dos empresários apostam que os consumidores deverão adquirir presentes na semana que antecede o Dia das Crianças. Neste ano, o tíquete médio esperado pelo comércio varejista estadual não deve ultrapassar o valor de R$ 200,00, que poderá ser parcelado no cartão de crédito para 49,7% dos entrevistados.
A pesquisa “Expectativas do Comércio Varejista – Dia das Crianças 2021” avaliou 402 empresas cadastradas pela área de Estudos Econômicos da Fecomércio MG. A análise possui margem de erro de 5 pontos percentuais (p.p.), com intervalo de confiança de 95%.
Acesse, na íntegra, o relatório da pesquisa “Expectativas do Comércio Varejista – Dia das Crianças 2021”